Cuidados nas instalações elétricas e erros mais comuns

Existem alguns cuidados em instalações elétricas que todo eletricista deve ficar atento na hora de construir um determinado projeto. Afinal, o Brasil ainda apresenta casos de acidentes graves vinculados a esse tipo de circunstância.

Portanto, além da valorização da vida das partes envolvidas, alguns fatores devem ser considerados para evitar qualquer erro ou consequências negativas.
Nos tópicos abaixo constam algumas informações relevantes para todo profissional que atua neste segmento e busca melhorar constantemente a qualidade e a agilidade dos seus serviços.

Os principais cuidados em instalações elétricas

Com foco na responsabilidade de garantir a segurança e evitar situações de risco, separamos alguns cuidados com instalações elétricas que o trabalhador precisa ficar atento na hora de conduzir o projeto e oferecer a solução que atende ao escopo estabelecido.

Alertas de erros

Seja em uma reforma, construção ou na manutenção, o profissional deve ficar atento a certos sinais que indicam que algo está errado.

Por exemplo, fios com capa externas danificadas (desencapados), odor característico de isolamento com excesso de temperatura (cheiro de queimado) e/ou tomadas e disjuntores com excessivo aquecimento (que possam danificá-los).

Esses detalhes devem ser averiguados em manutenções periódicas e imediatamente corrigidos para que incêndios, choques elétricos e outros acidentes sejam evitados.

Manutenção periódica

É impossível garantir que o cliente final de um projeto elétrico fará as manutenções necessárias e periódicas. Por isso que o indicado é alertá-lo sobre os problemas que podem ocorrer devido a falta de manutenção e até indicar profissionais e a frequência desse trabalho como incentivo.
Esse é um dos principais cuidados com instalações elétricas e permite serviços como a checagem de tomadas, disjuntores, fios/cabos e demais componentes que devem sempre apresentar um bom funcionamento.

Atenção as Normas

Em relação às instalações elétricas, existem diversas normas da ABNT, em especial a NBR- 5410 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO. Ademais, sempre que se trabalha com projetos e serviços ligados a instalações elétricas, deve se ter em mente todas as regulamentações envolvidas. Isso porque além da NBR-5410, devemos nos atentar para algumas outras normas que também são importantes, tais como:

  • NBR-9050 – ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS;
  • NBR- 13534 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE – REQUISITOS PARA SEGURANÇA;
  • NBR-13570 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM LOCAIS DE AFLUÊNCIAS DE PÚBLICO – REQUISITOS ESPECÍFICOS;
  • NBR-14136 – PLUGS E TOMADAS PARA USO DOMÉSTICO E ANÁLOGO ATÉ 20A/250V EM CORRENTE ALTERNADA – PADRONIZAÇÃO;
  • RESOLUÇÃO RDC Nº 50 (RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA) – ANVISA (REGULAMENTO TÉCNICO PARA PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO, ELABORAÇÃO E
  • AVALIAÇÃO DE PROJETOS FÍSICOS DE ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE).

Nestas Normas, estão contidas todas as informações e diretrizes necessárias sobre os materiais que podem ser usados e boas práticas encorajadas durante a prestação dos serviços.
Além disso, é interessante salientar que quando se trata de projetos de redes de dados (que sempre estão associados às instalações elétricas), também se faz necessário nos determos em outras duas normas. São elas:

  • NBR-14565 – CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA EDIFÍCIOS COMERCIAIS E DATA CENTERS;
  • NBR-16415 – CAMINHOS E ESPAÇOS PARA CABEAMENTO ESTRUTURADO (ESPECIFICA A ESTRUTURA E OS REQUISITOS PARA OS CAMINHOS E ESPAÇOS, DENTRO OU ENTRE EDIFÍCIOS, PARA TROCA DE INFORMAÇÕES E CABEAMENTO ESTRUTURADO, DE ACORDO COM A NBR-14565).

Se formos nos atentar especificamente a serviços de manutenção, é interessante observar além das Normas acima descritas e verificar também uma instrução elétrica (a seguir), que apesar de ser uma instrução do estado, pode ser utilizada por todos:

  • INSTRUÇÃO ELÉTRICA Nº 41/2011 – INSPEÇÃO VISUAL DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO, DO CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Ademais, gostaríamos de salientar que seria interessante se esta IT-41/2011 fosse utilizada em todos estados.

Os erros mais comuns na gestão dos projetos

Além de conhecer os cuidados com instalações elétricas, é importante termos conhecimento de erros comuns em situações como estas e que poderão ser evitados devido ao comprometimento do gestor do projeto em garantir a entrega de um resultado único. Confira alguns deles abaixo.

Sobrecarga de disjuntores

Apesar de óbvio, um erro muito comum quanto a sobrecarga é usar o mesmo disjuntor para circuitos diferentes. Isso porque a chance de acontecer a sobrecarga é muito maior, principalmente quando envolvem aparelhos que exigem mais potência, como ar-condicionado e chuveiros elétricos.

Na NBR-5410, em 4.2.5 se fala sobre a “Divisão de Circuitos”, para atender as exigências de:

  • segurança;
  • conservação de energia;
  • funcionais;
  • de produção;
  • de manutenção.

Em 4.2.5.5, é dito que circuitos distintos devem ser previstos para iluminação e tomadas. Entretanto, se tratando de instalações residenciais, em 9.5.3, é salientado que com restrições é permitida a mistura de iluminação com tomadas.

Ainda, em 9.5.3.1, tratando-se de instalações residenciais, é dito:

“Todo ponto de utilização previsto para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado, equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir um circuito independente.”

Sendo assim, o recomendado é que os circuitos fiquem separados para balancear a carga total. Afinal, a sobrecarga é o que leva ao curto-circuito em diversos casos, que pode gerar incêndios ou provocar a queima dos aparelhos elétricos da casa.

Disjuntores incompatíveis aos cabos

Fios/cabos incompatíveis com o disjuntor, ou seja, onde a corrente nominal do circuito não é compatível com a capacidade de corrente do disjuntor, também pode levar a sérios problemas, inclusive a um curto-circuito.

Os erros relacionados à incompatibilidade dos disjuntores com os cabos podem vir desde o projeto elétrico — por isso a importância de contratar um profissional capacitado e habilitado — ou em uma manutenção incorreta.

Falta de instalação do DR

A inexistência de um DR (Diferencial Residual) é um problema muito comum e quase sempre ocorre já no início do projeto, em sua elaboração.

Isso porque a função desse dispositivo é detectar fugas pequenas da corrente em circuitos elétricos. Quando detectado, o DR aciona imediatamente o desligamento da alimentação energética para evitar que ocorram acidentes graves;

Sendo assim, se trata de um componente obrigatório que protege contra choques, principalmente em ambientes onde o contato com a água é constante, como cozinha, banheiro, quintal, entre outros.

Fios e cabos desbitolados

Usar fios e canos desbitolados (é aquele que não tem a quantidade suficiente de cobre para atender a corrente para o qual ele foi adquirido), é um erro inadmissível e já na elaboração do projeto ele não pode ser tolerado. Isso porque o uso dos materiais neste estado não são regulamentados pela ABNT, muito menos certificados por qualquer órgão de segurança.

Ou seja: não podem ser usados fios e cabos desbitolados em qualquer projeto elétrico. Além de que a fabricação deles também está totalmente fora das normas.

Ademais, existem algumas fraudes que chegam ao ponto de falsificar o Selo do Inmetro para que fios e cabos possam ser usados de qualquer forma. A consequência dessa negligência é grave para o usuário que paga a conta de luz, que terá um valor absurdamente alto.

Profissionais sem qualificação e habilitação

Um gerente de projeto elétrico ou contratante não pode se descuidar da qualificação e habilitação profissional dos membros do seu time ou terceirizados. Todos os profissionais envolvidos precisam estar a par das normas e as boas práticas para oferecer os resultados adequados às necessidades de cada espaço.

Qualidade dos materiais

Assim como a contratação de profissionais sem qualificação e habilitação muitas vezes se deve aos cortes de orçamento ou à procura pela solução mais barata, o mesmo ocorre com a compra dos materiais.

O problema de recorrer a produtos analisando somente o preço é que o risco da durabilidade ser muito baixa é iminente. A longo prazo, esse tipo de decisão não compensa e acaba até pesando mais no bolso.

O ideal é sempre pensar na contratação de profissionais e na compra dos materiais como um investimento a longo prazo. Quanto melhor a qualidade, menos problemas o projeto elétrico apresentará ao longo do tempo.

Pensando nisso, convidamos os leitores para conhecerem as soluções DUTOTEC, referência de qualidade no mercado nacional, para ter um bom parâmetro de excelência e segurança dos materiais.

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