O cabeamento de fibra óptica é a tendência do momento para infraestruturas de transmissão de dados.
Em suma, a sua composição é feita através de vários fios, extremamente finos e transparentes, geralmente fabricados em vidro e transparente. É neles que a “mágica” acontece e os pulsos de luz — que contém a representação dos dados — são transmitidos.
Esses fios são protegidos com uma camada de plástico, que protege o material interno. Ainda, ao redor de tudo, também há um revestimento que leva mais resistência à fibra.
Sendo assim, temos 3 camadas:
- Núcleo: onde os pulsos de luz são transmitidos;
- Casca: revestimento que envolve os fios do núcleo;
- Revestimento primário: envolve a casca.
Identificação dos cabos de fibra óptica
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) possui um manual técnico, disponibilizado em seu site, que ajuda a entender o sistema de normatização brasileiro para os cabos de fibra óptica. Entretanto, basicamente, os cabos são identificados por uma sigla que segue a seguinte estrutura: CFOAC-X-W-Z.
Com isso, o que cada letra representa:
- CFOAC: é usado para acesso;
- X: é um tipo fibra óptica;
- W: pode ser CM (compacto metálico) ou CD (compacto dielétrico);
- Z: é o número de fibras;
- CA: é a classe de atrito;
- K: é o grau de proteção.
Os 5 principais tipos de cabos ópticos
Abaixo, os principais cabos de fibra óptica comercializados atualmente:
1 – Cabo COG
Chamado de Cabo Ótico de Uso Geral, é usado em instalações verticais, geralmente em instalações internas — em qualquer tipo de construção. Por exemplo, em tubulações ou canaletas de cabeamento, que recebem ventilação (troca de ar).
2 – Cabo LSZH
Chamado de Low Smoke Zero Halogen, também é usado em instalações verticais, porém com a maior porcentagem de segurança contra incêndios, já que ele abafa a fumaça em caso de fogo no local. Ou seja, evita acidentes por intoxicação nessas situações.
Sendo assim, é um tipo de cabeamento óptico mais usado em imóveis com alto fluxo de pessoas, como shoppings, prédios corporativos, entre outros.
3 – Cabo CFOI
Chamado de Cabo de Fibra Óptica para Uso Interno, é geralmente usado em instalações internas, inclusive com revestimento em termoplástico, que não propaga chamas.
Além disso, é um cabo dielétrico, onde as fibras ópticas são agrupadas em um único núcleo.
4 – Cabo SM
Chamado de Single Mode, é um dos mais usados atualmente, justamente por sua grande capacidade de transmissão em longas distâncias. Isso acontece porque o alongamento da dispersão da luz é bem maior.
Por isso, é um tipo de cabo mais usado em instalações externas, em estruturas que precisam percorrer caminhos mais extensos para fazer a troca de dados.
5 – Cabo MM
Por fim, o chamado Multi Mode também é um dos tipos mais populares de cabos ópticos. Em suma, ele tem um núcleo mais espaçoso, o que permite a transmissão com múltiplas fontes (mais de um sinal de dados).
Porém, onde ele ganha em capacidade de transmissão, perde em alcance, diferente do modelo anterior. Por isso, é mais comum encontrá-lo em instalações de redes locais.
Como organizar o cabeamento de fibra óptica
Esse tipo de cabeamento é encontrado em instalações que usam as mais diversas tubulações, como tubos, calhas e canaletas. Geralmente, a escolha vai depender do que a estrutura exige, como o volume de cabos, distância, interno ou externo, entre outras.
Porém, as canaletas de alumínio são opções muito usadas para cabeamento óptico e outros tipos também. Isso porque as opções são versáteis, com modelos que podem ser embutidos em paredes, no solo (chão) e até para instalações aparentes.
Além disso, as opções de capacidade das canaletas de alumínio também variam, com canaletas que suportam instalações comerciais, por exemplo, assim como aquelas feitas para ambientes residenciais.