No cenário tecnológico em constante evolução, a infraestrutura de rede desempenha um papel crucial na comunicação e conectividade eficientes dentro das organizações.
Nesse contexto, temos o os sistemas de cabeamento estruturado, uma estrutura fundamental e conhecida por sua função primordial na criação de uma rede confiável e escalável.
Por isso, hoje vamos falar, em mais detalhes, tudo o que tange o assunto sobre cabeamento estruturado, sua importância, estrutura e vantagens.
O que é o cabeamento estruturado?
O cabeamento estruturado é uma padronização das instalações de rede, garantindo a prevenção e segurança contra possíveis problemas técnicos e possibilitando uma estrutura que dure muitos anos.
Isso porque esse método considera as normas de segurança nacionais e internacionais, além de proporcionar um melhor aproveitamento do espaço e equipamentos.
Em suma, o cabeamento estruturado é uma rede capaz de fazer transmissões por diversos caminhos diferentes em uma mesma estrutura, sem que a estrutura fique a vista ou desorganizada.
Como funciona um sistema de cabeamento estruturado?
O sistema de cabeamento estruturado reúne diferentes cabos, dispositivos e conectores de dados, comunicação, entre outros, tudo em uma só estrutura padronizada.
Flexível e seguro, funciona como um ponto de entrada onde os cabos de fibra óptica e outros serviços são conectados a infraestrutura interna, com cabeamento horizontal ou vertical para levá-los a pontos e tomadas para se conectar a outros dispositivos, como computadores, smartphones e outros equipamentos eletrônicos.
Benefícios do cabeamento estruturado
Anteriormente, já foi possível perceber alguns dos benefícios do cabeamento estruturado, já que falamos em segurança e durabilidade. Mas, falando nas principais vantagens desse investimento, seriam elas:
- Infraestrutura com durabilidade de, no mínimo, uma década;
- Alta capacidade para suportar servidores de rede local, switches e roteadores;
- Organização do cabeamento em grandes estruturas, principalmente corporativas;
- Infraestrutura preparada para receber novas tecnologias que venham a surgir;
- Segurança contra problemas técnicos que possam comprometer processos;
- Transmissão e disposição padronizados;
- Segurança e qualidade em padrões internacionais;
- Projeto e instalação padronizados e sistematizados;
- Controle e administração práticos e fáceis do sistema de cabeamento.
Quais riscos de não ter uma estrutura planejada para cabos?
A ausência um sistema de cabeamento estruturado pode causar uma série de consequências, incluindo:
- problemas de conexão e diminuição da produtividade: a rede lenta é uma das principais consequências de um cabeamento inadequado, ocasionando quedas de conexão e perdas que reduzem o desempenho do negócio;
- aumento das despesas operacionais: a falta de um bom sistema de cabeamento instalado repercute em gastos com manutenções e muitos reparos na rede;
- concorrência competitiva: empresas estão investindo nesse tipo de infraestrutura como um diferencial competitivo;
- problemas de segurança: sistemas inadequados abrem portas para hackers e invasões a dados sigilosos;
limitação às necessidades futuras do negócio: chega um momento em que o cabeamento ineficaz limita o crescimento e a expansão do negócio.
Subsistemas do cabeamento estruturado
Segundo a NBR-14565 (CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA EDIFÍCIOS COMERCIAIS E DATA CENTERS), existem sete subsistemas de um sistema de cabeamento estruturado. São eles:
1 e 2 – Entrada do prédio e sala de entrada de telecomunicações (SET)
A entrada do prédio abriga a interface entre cabeamento externo (cabo de interligação) e a sala de entrada de telecomunicações (SET) — backbone — que ficam no interior do local.
Segundo a NBR-14565, são dois subsistemas – cabeamento externo e sala de entrada de telecomunicações. Nesse subsistema, as Normas que garantem a qualidade e segurança das instalações são a EIA/TIA-569 e a NBR-14565.
3 – Sala de equipamentos (SEQ)
Local que aloca os recursos que mantém toda a rede ativa, como servidores, equipamentos
de rede e outros. Além disso, quem determina as necessidades dos componentes da sala
de equipamentos também são as Normas EIA/TIA-569 e a NBR-14565.
4 – Backbone (Rede Primária)
O cabeamento do backbone/rede primária, é como a ligação vertical entre os andares do prédio e pelo cabeamento entre as seguintes áreas: o armário de telecomunicação (A), a sala de equipamentos (SEQ) e a entrada do prédio/sala de entrada de telecomunicações (SET).
5 – Armário de telecomunicações (AT)
Local onde ficam as conexões dos cabos, que saem para as áreas de trabalho, como computadores, telefones e outros. Além disso, as especificações do armário de telecomunicações (AT) também é feita pelas Normas EIA/TIA-569 e NBR-14565.
6 – Cabeamento horizontal (Rede Secundária)
O cabeamento horizontal/rede secundária, é a estrutura de cabos que liga a área de trabalho com o armário de telecomunicações. Em outras palavras, faz a distribuição final das transmissões.
7 – Área de trabalho
Por fim, a área de trabalho é onde ficam as estações com computadores, telefones, terminais de dados, adaptadores, entre outros. Então, a relação final da estrutura é essa:
- Cabo de Interligação Externo (NBR-14565) / Outside Wiring (EIA/TIA-569)
- Sala de Entrada de Telecomunicações (SET) (NBR-14565) / Entrance Facility (EIA/TIA-569)
- Sala de Equipamentos (SEQ) (NBR-14565) / Equipment Room (EIA/TIA-569)
- Rede Primária (NBR-14565) / Backbone Cabling (EIA/TIA 569)
- Armário de Telecomunicações (AT) (NBR-14565) /Telecommunications Room (EIA/TIA-569)
- Rede Secundária (NBR-14565) / Horizontal Cabling (EIA/TIA-569)
- Área de Trabalho (NBR-14565) / Work Area (EIA/TIA-569)
Quais as principais normas para esses sistemas?
Abaixo, colocamos um pequeno resumo sobre as principais normas técnicas e diretrizes para instalações de cabeamento estruturado. Veja:
- NBR 16869-2:2021: especifica os métodos e equipamentos para medir a atenuação do cabeamento de fibra óptica monomodo e multimodo instalado;
- NBR nº 14565: determina os requisitos para infraestrutura, cabos e conectores para sistemas de cabeamento estruturado em fibra óptica;
- NBR nº 16415: traz os requisitos para cabeamento estruturado com as especificações de tipos, componentes, distâncias e testes;
- ABNT-NBR-16665/2015: norma brasileira que especifica os requisitos para sistemas de cabeamento estruturado em fibra óptica, incluindo os requisitos para cabos, conectores, terminações e infraestrutura em edifícios comerciais e data center;
- ABNT-NBR-16264/2016: norma brasileira que especifica os requisitos para sistemas de cabeamento estruturado residencial;
- ABNT-NBR-16421/2016: norma brasileira que especifica os requisitos para sistema que pode ser usado em instalações industriais ou áreas dentro de outros tipos de edifícios;
- ANSI/TIA568-C e D: normas para cabeamento de telecomunicações em edifícios comerciais, com requisitos gerais para cabeamento, componentes em cabos de par trançado, cabeamento óptico e cabos coaxiais de banda larga;
- EIA/TIA-569-D: norma americana com requisitos para edifícios comerciais, especificando a área ocupada pelos elementos do cabeamento estruturado;
- ANSI/TIA-570-A: norma americana que especifica os requisitos de gerenciamento para prédios residenciais ou casas;
- ANSI/TIA 606-C: norma americana que cita os requisitos para documentação e identificação ou etiquetagem dos componentes;
- TIA 1005: norma americana que especifica os requisitos para cabeamento de fibra óptica em áreas classificadas;
- ANSI/TIA-942-B: norma americana que especifica os requisitos para sistemas de cabeamento estruturado e áreas de infraestrutura de Data Centers;
- RoHS: Restrição de Substâncias Perigosas, um regulamento que veta a utilização de substâncias perigosas em produtos eletrônicos;
- ISO/IEC 11801: equivale à TIA/EIA-568-C;
- IEC 60331-1: especifica o método de teste para cabos que são necessários para manter a integridade do circuito quando sujeitos a incêndio e choque mecânico;
- ABNT NBR-NM-IEC 60332-1: descreve um ensaio para avaliar a resistência ao fogo de um único condutor ou cabo isolado.
Esses são alguns exemplos, mas tenha em mente que podem existir outras normas e elas estão em constante evolução e adaptação ao longo dos anos.
Qual o melhor duto para usar no cabeamento estruturado?
A resposta é: as canaletas de alumínio! Elas são importantes condutores, tanto na estrutura interna de passagem de cabos (paredes e sob piso) como na distribuição na área de trabalho — com instalações aparentes ou não.
Isso porque elas possuem diversos benefícios importantes para uma estrutura de cabeamento, como a blindagem eletromagnética, a resistência mecânica, durabilidade, cumprimento das normas, personalização, entre muitos outros.
A blindagem eletromagnética é um método — que utilizamos em todas as nossas canaletas — para reduzir o máximo possível a interferência eletromagnética (EMI) em cabeamentos.
Na prática, o alumínio é responsável por separar os diferentes tipos de cabos. Assim, é como se criasse um escudo metálico, que diminui os efeitos prejudiciais da interferência e do ruído, os grandes responsáveis por afetar a transmissão em diversos ambientes.
Para saber mais detalhes sobre essas e outras vantagens, leia o texto sobre canaletas para cabeamento estruturado e pontos para avaliar na escolha.
Como conseguir mais clientes nesse segmento de negócio?
Por fim, uma dica importante para você, profissional desse segmento. Além de oferecer um serviço de excelência, que por si só já faz com que as pessoas indiquem umas às outras, algumas questões que ajudam a prospectar mais clientes nesse ramo, incluem:
- usar marcas de renome e qualidade em suas instalações;
- se apoiar em conteúdos como esse para explicar conceitos aos clientes;
- publicar em suas redes sociais, regularmente, os projetos que faz de cabeamento;
- construir uma boa rede de relacionamentos com clientes e também profissionais;
- acompanhar tendências e estar presente em alguns eventos importantes da área.
Conclusão
Em resumo, o cabeamento estruturado é uma infraestrutura crucial para garantir a eficiência e confiabilidade dos sistemas de comunicação, principalmente em ambientes corporativos e edifícios comerciais.
Isso porque a sua abordagem organizada e padronizada não apenas simplifica a gestão de redes, mas também oferece flexibilidade para adaptações futuras e manutenções periódicas.